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sábado, 8 de janeiro de 2011

Lembranças liquidas


Um vento violento acorda os tambores que rasga o céu em um grito de desespero.

Anunciada pelo cinza, vem caminhando a tempestade. Ela vem apagar tudo que fui... parte dispensável. Meu coração bate desesperado, ele quer mudança, está caminhando sobre a dor descalço... treme em meio ao medo.

Pela minha janela vejo lá fora a chuva se derramando, encharca o solo. Saio pela porta, deixo ela me tocar; ela cai, invade... em gotas vai lavando as feridas do meu coração. Derrama em minha alma, um abraço silencioso, me apanha em uma calma que a muito tempo não sentia. Tempestade apaga o mau que fui, lava minha alma.

Como auroras de ar e fogo, fui escrava da liberdade, recordações de uma forma de vida. Hoje busco um caminho que me ajude a ser melhor, melhor que meu passado onde já fui temporal. Dissolvi assim meu coração em lembranças liquidas.

Recordações de momentos que acenderam parte da minha vida, preencheram parte do meu ser. Não tem sido muito fácil aceitar que momentos que te marcam se desfaçam tão rapidamente e assim se vão sem ressurreição.

Depois dessa chuva olho o universo de outra forma... nas correntezas da chuva derramada se foi minha parte dispensada. Deixo pra trás a dor , farei de mim parte Indispensável... sentir apenas amor em vez de medo. Sem olhar para trás deixarei ir todas as lágrimas derramadas.

A luz que me guia já não é artificial, busco o céu um despertar... o vento vem me acariciar... dar boas vindas a um novo alguém que não mais se nega.

Um comentário:

  1. Gostei...vc é dimais.
    A luz que me guia já não é artificial, busco o céu um despertar... o vento vem me acariciar... dar boas vindas a um novo alguém que não mais se nega.

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