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sábado, 26 de março de 2011

Caneta e Papel


Papel e caneta nas mãos;
mais uma vez tentando descrever emoções. Pra que? Porque?

Ser poeta? Escritor?!!!!
Como chamar quem nos empresta sua dores, suas emoções, seu sentimentos?!

É bonito e tocante ler o que sente um coração, ler a visão de um mundo por olhos sensíveis... mas e a dor sentida? É bonita? Desde quando sofrimento é bonito?
- talvez desde quando não é você que sente.

Nos emocionamos ao ler, nos dói o coração pelos olhos... mas e o poeta que é quem escreve?! Nesse a dor é mais forte, mais intensa... desintegra a alma fere o coração, dor por amor, amores e suas variações, em outras quaisquer variações...
As lágrimas do poeta ao serem enxugadas não sessão a sensação, não muda o sentido apenas ameniza a situação.
E o leitor, esse que compartilhou seu peito sua mente, seu coração com as palavras ditas, escritas por alguém que transpira emoção?!! Esse ao deitar em seu travesseiro com aquelas palavras em mente pouco tempo depois já não mais se recordam, as lembranças já se foram.
E o poeta fica aqui vivendo e revivendo o que sente, muda a sensação, reedita a emoção que não vai, mas que volta... se altera, é tudo muito intenso se é felicidade ele é FELIZ profundamente e se for tristeza ele sente a DOR intensamente.

Quando o coração do poeta chora as lágrimas de palavras caem sobre o papel. A dor se segue sólida, pelas mãos do escritor...
e é bonita ao leitor... só para o leitor.
A emoção de hoje não é bonita, é ferida que não deveria ser vivida, não vai pro papel, não merece ser compartilhada levar tristeza e desgosto a quem com essa situação não tem nada...
POR ISSO ENTÃO...

Caneta e papel no Chão (...)

quinta-feira, 17 de março de 2011

... e a responta "?"


Um anjo de asas negras desce em terra sob a escuridão da noite e se refugia de baixo da fina camada de chuva que rasga o céu.

Pela vidraça do quarto; sem a presença do sono o vejo...
ele está a me observar,
caminha no jardim pra lá e pra cá
Um semblante sem expressão, levanta voa e some em meio ao som de um trovão que só aumenta a fria escuridão...

Tum, tum, tum, tumtum¹²³... Batia o coração!

Olho nesse quarto, estou nesse espaço sem nenhuma outra presença que não se restrinja a mim.

Um punhal?!! Sim uma punhalada na alma, do nada essa é a sensação!! Sentir um coração ser de areia e desfazer-se ao ser tocado pelas ondas furiosas do mar...

Disparado, coração acelera na direção do medo.! Pronto é só o que me faltava; deixar o medo entrar. A última coisa que preciso... um desespero consome um corpo tentando vencer a vontade de se controlar; algo está rasgando o que sou, um desequilíbrio assustador... pronto o medo se aconchegou.

Sensação maldita... coisa de outro mundo?!!! Há um buraco negro dentro de mim, chegou e se instalou.
INVADIU
O que é isso? Como explicar? O que tudo isso significa?
Coração desintegrando num túnel de louca emoção e eu aqui nessa tormenta sem entender a razão.

Não sei o que e nem o por que!

Aquele anjo, a chuva que caia, a escuridão que encobria, a sensação que invadiu, e a emoção ... tudo um grande ponto de interrogação... “?”.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Te ver assim


Você se olha e não se vê! Quem tanto falou hoje não se escuta... acredita que se perdendo está. Não é verdade... não estás se perdendo.

Sempre te vi com o mundo nas costas, uma grande vontade de viver, uma força interior incalculável, aquela vontade de conhecer o mundo, de viver cada detalhe, respirava e transmitia liberdade... seu mundo, suas regras, sua vida... Ser feliz, ser feliz e mais feliz... era assim!

Hoje esse mundo sacudiu, está frágil, não lhe julgo, não acho errado, não é fraqueza, não é deixar de ser quem é... é ser quem quase não teve chance de aparecer!

Quanto tumulto dentro de você... quantas acontecimentos girando ai... e essas vozes?! sugestões, pedidos, ordens... e essas lembranças, os olhares que dizem sem falar, cobram atitudes que por ser quem és não deveria aceitar... ou talvez sim...talvez devesse...

Tumulto, tumulto e mais tumulto. Solta esse grito que preso está na garganta... alguém cale todo esse alvoroço, toda essa intrigante situação. Sensações diferentes, acatar pedidos, pra fazer feliz quem ama.

Respira, calma...

Não se julgue, não se condene, não pense que está se perdendo, que está mudando. Estás sendo forte... mais uma vez demonstrando sua força, vencendo você e olhe só pra te vencer precisa ter muita, mais muita força pra ter alguma chance de ganhar.

Ser guerreira carregar um estado de alma fragilizado e estampar um grande sorriso dizendo estar bem. Tudo bem! As vezes é mais fácil dizer pra não se explicar... pra não se expor e alguém saber o que te fere... Pra sentir que a força não se perdeu. Tudo bem...!
Não precisa pedir colo, lhe dou colo!
Não precisa pedir companhia, te faço companhia!
Não se esconda! Aqui não precisa se esconder!!

A fragrância da sua essência não muda, não perde valor... só aumenta, engrandece.
A vida muita vezes não é como a gente arquiteta, mas a cada nova situação podemos fazer um novo agora, um novo amanhã, deixar novos detalhes invadirem e nos mostrar um novo mundo.
Não é deixar de ser feliz, mas ser feliz com o que nos é apresentado, com os desafios... fazer uma nova máquete do que viver.

Superação de “nãoS” Superação em não se deixar abalar.

Que força... ontém, hoje, amanhã, sempre... com admiração digo que isso não vai mudar.
Pelo o que foi, és e será... Ser humano nos permite... ser

Calma, respira... Não tenha medo!
não estás sóis, estou aqui... tens a mim!
Se escute, seja quem és e quem quer ser!!
e se si perder... damos um jeito de te achar!!

domingo, 6 de março de 2011

Somente Aqui


Aqui... Em Mim. Somente aqui e em nenhum outro lugar.

Com uma função de recipiente meu corpo me acolhe, virou minha morada.
Distante do tempo, aprisionada em uma neutralidade não neutra se segue; se segue a vida, os sentidos... meu convívio.

Mundo que não gira, total sem movimento, um vácuo de pensamentos... Um não, Sequencias de nada e o sentimento de fuga pelas madrugadas.

Mas daqui não se sai; não se consegue, pois se encaixa... ou melhor tenta se enquadrar.
Já nada, já não... nenhum sentido e assim seguindo; sentindo o não visto, o não enchergado, sendo o não demonstrado... cansada desse nada em meio a um tudo... desse tudo perdido no meio de um nada.

Somente aqui, nenhum outro lugar me acolho, me desdobro, me faço enchergar meus medos, vivo minhas certezas, me perco em minhas inquietudes, reato os valores, analiso os defeitos. Paz,sentimentos... Os Sonhos... meus passos. Sou, ser, sentir.

Aqui, somente aqui
Em Mim...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Reviver você


O brilho dos seus olhos, ainda não parou de me enfeitiçar
o gosto dos seus lábios ainda está em mim
firmando a vontade de com seus beijos outra vez me deliciar
de me dispor outra vez dos seus braços e abraços; daquela tranquilidade que invadia e parecia não ter fim.

Ainda sinto
as madrugadas no portão
as carícias e palavras que tocavam o coração
aquele seus olhos nos meus olhos, e um abraço nos fazendo companhia
aquele jeito todo que tú tinha que me acaricia

Ainda posso ouvir sua voz
a mesma que me acalmava quando estava feroz
agora presente está, a vontade da sua fala ao pé do ouvido
cheia de malícias e desejos proibidos

Vontade
das danças, dos sorrisos, do seu corpo junto ao meu
de todo os momentos que no tempo nos prendeu
das sensações gostosas que me causava arrepio
das emoções compartilhadas no convivio

Hoje
jogada no tempo procurando tudo aquilo.
mas só encontro um silêncio, que me trás sua ausência.
Me faz querer Reviver Você!