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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Tóc tóc!


O horizonte ali na frente exibindo uma beleza única; céu pintado como tela e aqui sentada ao chão me prende em admiração.

No fundo dessa tranquilidade há um som do canto dos pássaros ; como chega fundo em meu ser. Se fecho os olhos o mundo gira e volto ao passado, mas não quero; rapidamente os abro em desejo de fugir do momento, que no passado golpeou minha alma.

Tóc tóc! Raiva bate na porta do meu coração e a tristeza que dali fez morada a deixa entrar sem nenhuma contestação. Como pode isso? É meu o coração!.

Sempre fui um ser de poucos sonhos, alguns objetivos e um forte desejo de ultrapassar limites... esse sim pulsa forte em mim como a adrenalina na busca da liberdade que me alimenta. Mas o que importa isso ao egocentrismo da sociedade? Jogaram ao chão metade de mim, metade que despede-se após ver os sonhos se apagarem.

Na mesma porta que a tristeza deixou a raiva entrar, o amor saiu com lágrimas de sangue escorrida em face, depois que a alegria se foi não conseguiu suportar os sentimentos que teimavam em cerca-lhe, que chegaram e puseram em sua companhia.

Olhos abertos e coração fechado, mundo desandado como o amor se vai? Como não lutar? O mais poderoso dos sentimentos não aguentou? Como assim? Porque assim? O coração é meu, não quero que vire pedra, não quero desistir... quero apenas prosseguir!...

Não é fácil entender. Viver ultimamente é uma questão de escolhas, mas não de escolhas fáceis. Muitos apenas existem, e se projetam sob sombras daqueles que vivem realmente com intensidade.

Com o coração aberto, olhando esse rascunho de quadro chamado céu, percebo que o amor do meu peito nunca saiu, apenas se redimiu, deixando-me doer, para que com essa forte dor pudesse aprender, aprender a me superar, a acreditar, a ter fé, a procurar um lado bom nas coisas... E concerteza encontrei.

Aprendi que para um melhor sonho as vezes é preciso apagar as luzes; que muitas vezes precisamos daqueles que nos puxam para baixo, para vermos o quanto queremos algo e buscar força para lutar por ele; aprendi a dar valor a quem realmente merece ( São Poucos), encherguei quem foi amigo, quem foi a mão, quem foi meu ombro. Provei que mesmo caida não quis abandonar, não desisti. Mesmo acreditando ser metade, tentei prosseguir. Coração que não mais chora, moradia do amor, da esperança e de complementos de felicidade.

Amadureci uma parte em mim... e a parte criança que a alguns minutos sentava nesse chão ao se levantar, estará mais forte, mais confiante, mais determinada e com os sonhos alimentados. Desistir jamais... mesmo que seja só por diversão... esse amor pelo futebol vai além da razão... pura emoção. De mim isso nunca tirarão! e a vocês... protejam seus sonhos, pois se gostam de algo isso os pertencem... vale apena VIVER e não apenas existir!

Testei a força da minha fé... No pai maior e em mim!...

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Verdades Inventadas


Continuo aqui sentada na escada da varanda... Três passos para trás e caio no passado, onde você me deixou.
Ainda estou sem reação, não consigo entender- aceitar como a história de toda minha vida se transforma em verdades inventadas. Que erro é esse cometido que chega abalando e assim mudando o alguém que sou?. Não é fácil entender as peças do destino; ele teima em brincar, em ferir, em machucar. Já não sei o que fazer, estou sem rumo, sem ter para onde seguir. O que fazer com a vida onde tudo a sua volta transpira falsidade, quando você descobre que tudo que viveu até o momento era falso. Daqui dessa escada a única certeza é que o tempo parece parar, nesse momento que é tão meu e que fere todo o meu eu.

Tem um grito de Salva-me preso na garganta, mas sem nenhuma explicação não consigo.

Três passos a minha frente vejo o mar de encontro com a areia da praia... Em constante contato tão diferente do que tenho.
A noite se aproxima e com ela vem a lua que nesse exato momento se torna cumprisse disso que me cerca, que sufoca e me maltrata. Aprendo com ela que para o que parece não ter saída a única reação é demonstrar ser indiferente.
Vejo um paraíso logo ali... e ele vai até onde meus olhos conseguem enxergar. Na minha frente vejo a lua beijando o mar ao se despedir em pequenas doses de amor. Espontaneamente decido que nada do acontecido irá mais me abalar, serei indiferente, tirarei forças do que ainda posso viver.
Tomarei tudo isso como lição,mesmo sabendo que cada dia será um novo desafio, já que não é fácil seguir somente com metade da alma. Veja... ainda sinto o cair da brisa mas com essa expressão de abalo, de perda será pela ultima vez.
Daqui a pouco o sol se apresenta ele vem fazer companhia ao mar... Ah mais com ele surgirá alguém que no seu futuro não deixará transparecer fraquezas, emoções a quem apenas sabe enganar. Essa pessoa será um novo eu, pois a vida segue, o tempo não para; mas o sentido do meu existir muda de hoje em diante, assim como todo minha vida. Me tornei mais forte aprendi a me levantar depois de uma queda. Não é só por detalhe... mas porque isso está gravado na minha essência.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Estás Comigo


Na varanda uma cadeira vazia me aguarda. Aqui parada na porta de entrada da casa a observo. Por algum motivo é ali que quero estar, é onde quero ficar. Alguns passos me levo até ela e jogo o meu corpo carregado, quase esgotado sobre sua estrutura.

É um dia daqueles onde você não se sente, está cansada, não quer conversa, quer apenas um lugar para se aconchegar e de forma discreta não ser incomodada.

O que está acontecendo?!! MOMENTO de REFLEXÃO...!!! Alma sobrecarregada precisando ser lavada, cuidada e curada.

Diante dos meus olhos uma corrente de lembranças se exibe; ultimamente mesmo cercada de pessoas não sinto suas companhia, é como se estivesse sozinha em meio a uma multidão... sentimento cruel chamado solidão. Coração derramou sentimentos e agora vazio e sozinho está.

Meus olhos alcanção o céu lindo azul anil, percebo que ele nunca está sozinho... tem a companhia do sol durante o dia e nas noites a lua e as estrelas o alegram.

Na mente um pensamento horrível que condena uma vida a um ponto. Sem sentido se torna um motivo. Rapidamente uma movimentação nos céus, formações de grandes nuvens e lá vem o vento chega suavemente tocando minha pele em forma de carícia, sinal de proteção.

Um lágrima escorre em minha face e se deita em meu peito. Alguém lá em cima, resolveu me fazer um gesto de carinho... de uma forma sobrenatural, me surpreendendo.

A chuva fina vem caindo e em pequenos instantes sua intensidade aumenta; um forte soluço pula da minha boca. Seguindo aquela primeira lágrima muitas outras tomam o mesmo caminho. Na cabeça memórias onde sempre disse sentir que o que lava a alma é uma boa chuva, pois ela leva tudo consigo.

Alguém lá em cima foi sentido em uma vida. Me acovardo, mas de forma protegida, coração acelerado, vibra um voz entoando minha alma, coração e vida... Dizendo assim: Levanta-te os teus olhos filha minha e olhe a sua volta... não estás sozinha...

Que tamanha prova de amor... Choro, por não mais me sentir tão só, por ter visto um gesto verdadeiro e senti-lo em meu interior, na alma, no meu ser. Surpreendida e emocionada digo: Estás no mais profundo do meu coração, te necessito senhor... estás comigo.

sábado, 6 de novembro de 2010

Força do Reflexo


De pés desnudos sobre uma leve camada de areia presente no piso, olhos fechados frente ao espelho... Desconsolo.

Abro os olhos e me deparo com o meu reflexo, encaro-o com fúria, depois de alguns minutos meu semblante muda, meu estado de alma se altera... vou abaixando a face pois não consigo mais encarar a mim mesma, não consigo ver o meu próprio reflexo e ser forte ao mesmo tempo. Hoje ao menos... nesse momento não; sinto que não posso... nesse momento não consigo.

Essa mania de me encantar com o desconhecido, de sonhar com algo quase improvável, de achar que sou filha do mundo... filha da liberdade, de amar o impossível é algo que vai contra tudo, me machuca de uma forma tão brusca, tão ofensiva a ponto de sentir minha alma sendo rasgada, levemente despedaçada.

Tantos caminhos, tantas maneiras de ser, pensar, agir. Tantos melhores jeitos de ser humana e eu aqui sempre indo na contra- mão.

Alma rasgada não por eu ser assim, mais por saber que sou assim e que é inalcançável, o que me faz sentir viva e feliz... o que me leva a outro mundo me fazendo ser eu mesma sem medo mergulhada em uma adrenalina em turbilhão de emoção que contagia meu coração em felicidade pura.

Como posso continuar sabendo que serei metade de mim, sabendo que essa dor sempre vai me acompanhar?... o tempo curará?! Que nada ele pode amenizar mas a ferida sempre vai estar aqui, as cicatrizes ficaram mesmo que a ferida esteja curada.

Sonho que sinto chegou ao final, mas que sempre esteve e estará em meu coração, faz parte de quem eu sou, é minha essência, parte dos meus valores... um dos motivos do pulsar forte do órgão que bombeia meu sangue.

Volto os olhos ao espelho mais uma vez a fúria me domina dessa vez com mais intensidade. Na memória vozes dizendo você vai conseguir... mas são apenas palavras... quem disse isso não me fez sentir que acreditavam em mim, eles não conhecem, não acreditam, nem ao menos aprovam, apenas dizem querendo ser gentis; mais isso machuca, deixa feridas profundas, ainda mais quando eles são um dos motivos a quem eu queria orgulhar ao meus objetivos alcançar...

Me sinto covarde, sem utilidade... Hoje não posso, me isolo, sem desconsolo; não estou desistindo, mas sim sentindo que não realizará...de um tempo precisa para quem sabe se acertar.

No reflexo do espelho me encaro olho a olho... uma forte sensação arrepia minha pele... e então me pergunto: como posso me entregar assim?!Não posso duvidar de mim... não quero me privar de mim mesma.

A imagem refletida, se transforma em motivos para não desistir, se transforma em suplemento de força interior, é por mim e pra mim... Hoje não me permito ser fraca, não me permito desabar, tenho objetivos alcançar e sonhos a realizar.

Muitos passos ainda tenho a dar para lá chegar... esse breve deslize de emoção, de cansaço sentimental foi mais um obstáculo vencido, mais um degrau subido. Agora posso olhar no espelho e com força e determinação dizer: Eu vou VENCER, chego lá você vai VER... posso cair quantas vezes forem necessárias, aprendi a me levantar depois de um tombo. Sou subliminar, adoro vencer limites... não duvidi. Posso te surpriender...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Aguentar Firme...


Dois pra lá e um pra cá. Sobrenatural a forma como poso estar ao seu lado e meu corpo não fazer parte da sua vida. Hoje a ausência de minha alma não te deixam me enxergar; mas por tantas vezes estive tão perto, acompanhando sua solidão.

Moral da nossa história é que ela teve inicio, meio e um grande ponto de interrogação. Hoje o que te resta são as memórias, sua única companhia. Estão ai tão dentro, afunilaram em você sombras, demônios e carências. Queria tirar esse vazio que sente, já não tenho vida; e a que lhe restou é desespero bruto, na forma mais rústica.

No seios do medo, seu mundo aparenta não mais girar, você está se entregando, se tornando refém da serpente da magoa. Temerosa morte, me tirou de ti. Agora precisa caminhar sozinho.

Tão cercado de um nada, fica presente a distancia e não adianta buscar companhia é inalterável quando o vazio embriaga seu interior. Parece tomar todos os dias um cálice de carência; está difícil, respirar, seguir embriagado pela dor...

“Aguentar firme” é o sussurrar do seu pensamento. Porque o coração é um órgão tão frágil? Porque ele absorve todos os sentimentos? Porque?... porque?