Leitores

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sabor de Saudade


Alguém me traduz a saudade? Alguém a leve e que isso seja breve...

Ela não é Falta, ela é o que completa
não é pedaço, ela totaliza
Não é passado, mas sim momento que quero presente
Poderia ser ausência mas é companhia ferida
Poderia ser dor torturante, mas é contentamento, pois: vivi algo que realmente marcou e que em mim tem grande valor. Algo que foi, é e sempre será importante.
Não tem tradução mas tem sentimentos,
Partes dissolvidas de vida que há desejos de solidificar-se
Pessoas lugares, momentos, sentimentos, sensações.

Saber deitar uma vida em sabores, aguçar os paladares da alma. Algo que te toque.
Realmente não tem tradução...

Não tem tradução mas tem sabor...
… Sabor de quero mais...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um eu lirico refletido no espelho


Silêncio gritante... agora quebrado!... voz distante.

Te vi ontem sentir uma dor tremenda ao ter que tocar o chão com os pés e mais uma vez levantar. Observei sua face de tristeza ao se olhar no espelho e não conter o desgosto.

Alguns passos para trás, se jogou em qualquer lugar e mais um gole de desafeto. ...

O que fizeram com você? como pode se entregar assim? Há ruínas colocaram seus sonhos; pouco a pouco te roubaram seu mundo; logo a diante uma dose de desilusão... pronto mataram parte de sua essência; colocaram uma liquida solidão.

Nessa falta de mundo... vagando em um nada de qualquer lugar se entregou por cansaço...
Vem!?!! Dizia a voz. Me deixa te levar?!!?!
Alguns passos e vejo a face...

As vezes ficar vagando dentro de nós mesmos só nos joga em ruínas; por ficar remoendo cicatrizes, tristezas, dores.
A vida não é como a gente imagina e quer... guarde isso com você!!!

Não sabe o quanto é triste lhe ver com esse desamor a você! Te saquearam você; e você não foi capaz de ir se buscar. Porque?!

Esse coração não solidificou em rocha que eu sei. Ainda é um órgão pulsante; essa raiva de si mesmo, é a falta que você se faz; solidão isolada se acolheu em anti-social... e porque? Pra que?

Me deixa te levar? vem me de a mão?! Confie em mim!!
Esse mundo absorveu seu sabor de felicidade, mas abra o coração, venho lhe entregar esse sabor novamente... te entrego um embrulho de novos sonhos, grandes expectativas, objetivos seguidos de vitórias... Lhe trago vida nova.

Escute aqui! Sempre estive com você e é triste te ver agora padecer; te recupero... me deixa?!!
Lhe mostrarei amizades verdadeiras; por amor a você vou te trazer a superação, mudanças, mutação... Renascer em vida... Nunca se sinta só... pois me têm..!

Olhe bem nesse espelho e escute o que eu digo... vim me devolver a você; a parte otimista da essência que mataram e que não morreu ... por você, pra você... pela vida!! Olhe nesse espelho e acredita no que eu digo, olhe nos meus olhos... que são seus olhos e siga!
A vida não para, o tempo não espera, seguir em frente sempre pois lamentações só te prendem e te paralizam no não continuar, no não viver... Vida sem viver não tem sentido.

Ser feliz é breve, leve, solte essa felicidade contida, deixe ela te acompanhar...

domingo, 3 de abril de 2011

Quem sabe Amanhã...


Um plural vivendo dentro do singular: VIDAS EM UMA VIDA.

Madrugada 3:40 não tem sono, ele não chega, não se deita, não faz presença. Cidade quieta ausente de qualquer movimento, sonolenta adormece a população, está em tudo, com todos menos aqui, menos em mim. O SONO.

Colchão ao chão da varanda, ambiente solicitado; sou apenas eu e o rádio, locutor lança a trilha sonora que envolve o momento, as letras se encaixão, falam, fazem sentido.
Quem não está tendo sentido mesmo é o ressentido coração.
Razão- Emoção-Reação sem Ação.

Tem dias que não fazemos sentido, mas sentimos turbulências que nos altera o estado. Trás cansaço.

4:01 cabeça a mil;
não suportando estar com meus pensamentos, detestando... é tormenta que alimenta.
Sono que não chega!! Coração pede trégua.
-eu só peço pra ele não se intrometer; órgão incherido quando ressentido só trás infelicidade. É inútil, sem precisão.

4:08 um não encanto envolve, fim de mais uma música. Locutor fala e lança mais uma trilha. Quem há de escultar? Eu! Quem mais? Se a cidade dorme...

Se vai... em mim. Me desfaço.
Me desfazendo dos plurais; valores, cuidados dados, respeito, dedicação, demostrados...
Cuidados que não tenho comigo, atitudes e sentimentos não sentidos.
Ser é diferente de ter.

Hoje, lhes deixando, vou me retirando aos poucos e de uma vez... vou os deixar prosseguir com outros e por outros, há um mundo que os espera, mundo esse que menos um soma mais qualidade a você.

Sou singular substituível.

Um ponto neutro que não faz falta, que em tudo que toca causa destruição. Por te querer feliz e saber que podes seguir em frente com felicidade maior em outras companhias... te deixo ir.
Sem que você perceba aos poucos me retiro até que para você eu fique no passado e no esquecimento.

Me vou... atitude de ir. Estar em presença de solidão pra não ser sozinha, pra não sentir ausências.
Precisando cuidar de mim. A única real companhia... ir a luta.
Singular priorizou queimaduras da alma; presente passado e futuro que apenas foi jugada como opção.

Cuidou de dores dos outros sentido dores próprias e as guardando. Apoio, ombro, sorriso. Lágrima escondida, ferida, fragilizada. Más guardada.
Retiro meu singular e os deixo em meios a melhores plurais. Seguem, mas prometam seres felizes, não desistir.

Neutralizo, me retiro, mas caso precisem só me solicitar...não vou os abandonar! Não consigo, não posso, não quero, mas também não queiro estar em presença de quem não quer minha presença. Apenas vou... Precisando estarei...

Sou singular substituível, se eu me retirar quem se atreverá a vir atrás, ao meu encontro??!
Não é julgar, não é impor... é apenas (…)

Silêncio e um suspiro.

Primeiros sinais de aurora
o sono a abraçou,
locutor se despediu,
som se calou,
silêncio gritou.

Chuva mansa desce o céu em meio a neblina turvando os primeiros raios de sol. Adormecida ela se encontra
cansada,
alma surrada,
seus pensamento se calam,
sem terminar o que as lágrimas derramaram no papel, e que não fazem sentido. Apenas o sentir, o agir.

Amanhã ela se refaz – podendo se recompor, quem sabe voltando a frequentar os plurais …

Quem sabe... os pensamentos pousam a repousar, dão uma trégua e ela possa terminar a escrita.

Escrita que alivia... quem sabe amanhã.!?!!!!

Papel, olhe nos olhos dELA...
O que eles te contam???!
Olhos???
-ele não responde...!!!...

Alguém irá atrás? Busca-lá?

Quem sabe amanhã!...