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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Lá Fora...


Aprisionada em um sentimento que me consome, uma ausência que sufoca... vida vazia. Já diziam os sábios: existir não é viver.

Lá fora, longe dessa prisão chamada consciência, existe um “eu” que necessita viver; sair dos versos da solidão. Preciso me livrar de algo conhecido como indecisão; minha mente já não é um lugar seguro para se habitar. Aceitei algo que vai além da imagem refletida no espelho... percebi um mundo lá fora, que me faz querer seguir os instintos; por um ponto final a essa tormenta, que dela me fez escrava.

É triste ter que expor expreções maquiadas... sorrir para esconder uma lágrima mesmo quando o espírito está ferido, quando não encontra a paz. A alma está perturbada, é anjo caído em uma noite que não amanhece.

Me sinto sozinha perdida em meio a pensamentos; brigando para seguir em frente, mesmo ferida, mesmo estando no meu limite...espancada pelos altos e baixos. Eu queria poder deixar tudo pra trás e desistir dessa luta, estou cansada de armar defesas contra alguém ou alguma coisa. Só que desistir não é o caminho, não é o certo. Mas o que é o certo? O Certo é que já não sou quem era, e agora mais do que nunca preciso ser o que me tornei.

Hoje não vestirei a imagem maquiada. Eu estou olhando para o mundo numa luz otimista, eu senti a luz mais luminosa, uma magia me contagiando e aquilo de que devore ou seja devorada enfim está se desfazendo e como fenix que das cinzas se recompões eu estou renascendo em vida. Esse renascimento me inspira a tentar, mudar os meus limites, me superar mesmo quando ninguém acredita, quando o mundo inteiro esteja contra mim. Pois aprendi a estar acima dos problemas, me tornei forte o bastante para viver com cicatrizes... Superar ausências...


(Repost)
19/08/2010

sábado, 8 de janeiro de 2011

Lembranças liquidas


Um vento violento acorda os tambores que rasga o céu em um grito de desespero.

Anunciada pelo cinza, vem caminhando a tempestade. Ela vem apagar tudo que fui... parte dispensável. Meu coração bate desesperado, ele quer mudança, está caminhando sobre a dor descalço... treme em meio ao medo.

Pela minha janela vejo lá fora a chuva se derramando, encharca o solo. Saio pela porta, deixo ela me tocar; ela cai, invade... em gotas vai lavando as feridas do meu coração. Derrama em minha alma, um abraço silencioso, me apanha em uma calma que a muito tempo não sentia. Tempestade apaga o mau que fui, lava minha alma.

Como auroras de ar e fogo, fui escrava da liberdade, recordações de uma forma de vida. Hoje busco um caminho que me ajude a ser melhor, melhor que meu passado onde já fui temporal. Dissolvi assim meu coração em lembranças liquidas.

Recordações de momentos que acenderam parte da minha vida, preencheram parte do meu ser. Não tem sido muito fácil aceitar que momentos que te marcam se desfaçam tão rapidamente e assim se vão sem ressurreição.

Depois dessa chuva olho o universo de outra forma... nas correntezas da chuva derramada se foi minha parte dispensada. Deixo pra trás a dor , farei de mim parte Indispensável... sentir apenas amor em vez de medo. Sem olhar para trás deixarei ir todas as lágrimas derramadas.

A luz que me guia já não é artificial, busco o céu um despertar... o vento vem me acariciar... dar boas vindas a um novo alguém que não mais se nega.