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domingo, 13 de novembro de 2011

Assas pesam...!


Por que ali fora a chuva cai, e o canário se curva na força da água que o encharca. Assas pesam se recolhem em frio.

Do bico nem um som, única nota é aquela que cai de seus sinuosos olhos, que se mistura em um dar de mãos à gota de chuva que escorre. Duas gotas, uma nota... Plurais de razões.

Canário curvado, sem coragem pra erguer-se a chuva bate com força tanta força que vibra, uma camada de sons únicos no encontro de suas penas e água, sons esse não notado por aqueles despercebidos.
O vento prendeu sua vontade e se foi; o arco Iris não se desenha mais em céu, escondeu-se... Canário se perdeu do bando, se viu só. Dói o corpo, dói à alma, dói... Dói, dói e frio faz em seu peito congelado.

Chuva desaba com mais intensidade, e com mais força pássaro sente.

Pousado está na porteira e nisso fez um pouso muito mais reflexivo dentro de si. Ele está só ou fugiu? Ele quer ou precisa? Qual o peso do passado e do futuro? E o equilíbrio do agora???!!

De tudo se tem aprendizado, pode ser lição. Viver é um eterno aprender...
Vida é aprendizado... então... :

Porque pra chegar precisa ter saída é preciso passar, necessita haver caminho. Turvo, torto, mas tem que ter caminho, seja montanha, rios ... haverá uma ponte; seja porteira, porta ou chegada.. haverá roseira, com alguns espinhos mas também todo beneficio da beleza e fragrância da rosa...

Canário sabe disso, mas se retira um pouco, do movimento, se recolhe pra si, precisa desse tempo, pra o que tem o que vive. Dentro desse tempo ele se prepara pra um futuro abrir de assas, secas ou molhadas. Mas será em um lindo vôo, pois decide prosseguir, não desistir, pois é de sua natureza ser feliz, cântaro-lar, contagiar, ser símbolo, ser natureza.
Vida... em detalhes tudo é VIDA. Aprenda isso pássaro. A roseira tem espinhos e delicadas pétolas a graça está toda ai, ambos tendo cuidado para manter o equilíbrio e o sentido.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Inesperado!


Hoje a noite deita em peito, não é tristeza, e sim querer...

Porque?! Porque eu tenho o direito de gostar da noite, do frio, do vento, do ar, de neve. Porque eu tenho o direito de gostar de caminhar, de estar comigo mesma, de conhecer lugares, de gostar do outono. Porque eu tenho o direito de gostar de cada coisa, em momentos diferentes, no meu tempo, em determinado tempo. Tudo é uma questão de equilíbrio e de momento.

Por isso repito...

‘’Hoje a noite deita em peito, não é tristeza, e sim querer...’’ No momento é isso que preciso é isso que vivo e isso que me ta fazendo bem.

(papel nas mãos com um percorrer de escrita, isso porque ela teima em sentir o mundo, e quem muito sente teima em escrever).

Olha, sinta...

Com os pés nus, caminho sobre a areia, um vento rasga o local vindo de uma longa viagem, ele está frio e suave. Leveza transmitida ao tocar a pele, os olhos se fecham num abraçar de pupilas, o que proporciona nesse momento viver. Sim vive dentro de si tão intensamente que parece ter se embriagado dela mesma, de quem és.

Queria um lago,
espera... Estou às margens de um lago... Como não me dei conta?!!

Joguei-me tão dentro de mim mesma que perdi noção de onde estava...

Sim. Um lago e em pleno céu uma lua, abrindo luz em meio à noite que ofusca com os brilhos das estrelas. Nesse turvo dança vida, dança detalhe que decora local pra ela (EU) - ela que sente e vive tudo ali. Quanto detalhe esconde nesse lugar, cada um encanta mais, restringe em marcar por ser; mesmo que sem se pronunciar.

Ela queria fazer da areia um colchão, da fogueira um clarão. De moradia esse encanto em coração. Simplesmente por que é assim:.

. às vezes precisamos trocar a rotina, pois nem sempre precisamos de da fala de som de palavras mas sim de gesto, uma atitude mesmo que está venha muda. Inesperadamente. Sim, pois o inesperado surpreende.

Não tem silencio e o pouco que tinha é de vez quebrado por presença que vai chegando...

Pupilas se abrem, um coberto é jogado sobre ela, olhos nos olhos e um sorriso gigantesco dele que parece ima puxando o sorriso dela que sai de dentro de si mesma. Um suspiro profundo e se senta, uma fogueira é feita e madeira começa a queimar, estalando em meio às faíscas levada pelo vento. Um abraço e ela se recolhe entre os braços dele que a conforta, a paz embriagante, o tempo que não gira, a emoção que fica, a felicidade que irradia a alegria, transmitida em olhar. Uma conversa sem som, sem palavras aos ouvidos, mas em gestos entendidos... ela que escrevia deixa cair caneta em chão, sobe a areia põem o papel, com seu sentir, suas palavras transcritas; coloca-se uma pequena pedra encima desse papel, não deixando vento levar... um cuidado, um momento.. pois viver é isso sucessões de momentos... e o que virá?

Pra que pensar? Vai seguindo, vai vivendo sem se preocupar... vai vivendo cada hoje cada agora... faz isso.

Pois é o que to fazendo... Estou deixando a fogueira queimar madeira, mesmo que a brasa não de conta de toda fogueira... Aqui vou á deixando queimar... Nesse silencio falante agora quebrado.

- Haja o que houver... você sabe... VOCÊ sabe?!!!
- Sim eu sei.

As poucas palavras falam ao mistério do local, encanta... sim palavras nem sempre são necessárias, mas quando falam ao coração... Promove o inesperado, também podem emocionar.

A escrita ela deixa pra outro dia que no qual lhe proporcionará um novo um bater forte de coração... com ou sem razão, mas que a afoga em emoção.