Leitores

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mesmo longe Daqui


Tronco caído, debruçado sobre o solo, sentada em sua estrutura estou. Os olhos tentam alcançar o céu, mas o mais próximo que chega, é contemplar o por do sol, que rouba a cena, pois está numa imensa magnitude; prende minha atenção, tira-me um sorriso e me deixa em emoção.

Me pego dentro de mim, suavemente minhas pupilas se abraçam demoradamente ( é o fechar dos meus olhos e o abrir do meu coração)...

O órgão que bombeia o sangue pelo meu corpo está enfermo. Nessa universidade “VIDA” cheguei sozinha; tudo bem nunca fiz questão de ter companhia, ao menos companhia de quem em essência não tem fragrância, se faz em fúteis detalhes. Coração enfermo de algo chamado saudade, saudade de quem e do que me foram sinceros, das melhores bagagens da minha história.

Uma vida em várias vidas, pedacinhos de mim foram levados por aqueles que verdadeiramente tocaram minha vida, e pedacinho deles guardo comigo, neste mundo tão raro que escorre pelas mãos, mas não... nada apagará as recordações. Cada um deixou tatuado em meu tempo suas histórias, melhorei; aprendi a dar valor a quem em pequenas doses de felicidade me faz tomar alegria, com simples situações, ações que me surpreendem...

Delicadamente as pupilas vão se soltando, os olhos avista o sol dando um até logo; ele não acredita em um adeus pois está em minha pele alimentando o meu corpo.

Nesse gritante silêncio tudo é traquilidade, na memória um sinal... vivo em liberdade e liberdade lhe dou, não te prendo, mas te levo comigo. Tempo de voar, passo a passo um caminho sem final, aprendo que não posso perder a fé, é vencer ou vencer o medo de cair...

Em sorrisos e lágrimas nostalgia do coração, falta dos pedaços de mim que foram levados, pelos encontros... hoje dói os desencontros, tropeços do destino. Não tem do que me arrepender, tudo vale a pena, os erros, os acertos a presença e principalmente a ausência, ela prova que o que foi vivido e sentido foi verdadeiro e tudo que é verdadeiro vale a apena.

O sol se despediu e a lua vem chegando, olho ao redor e sinto um grande suspiro, minhas lembranças me perseguindo...uma voz susurra bem baixinha “ Sempre ao seu lado”mesmo longe daqui...

O paraíso é um fio entre o céu e o inferno e só chega nele quem não tem medo de se arriscar ao tentar equilibrar-se nele... Tudo vale apena... se ouver erros, ressentimentos, alsencias também existe a certeza “... o sol que me fez companhia hoje, sempre voltará no amanhã, com a mesma magnitude roubando toda cena me inundando de emoções...” simples ação que feliz faz o meu coração.

2 comentários:

  1. Hoje eu estava pensando e finalmente consegui me colocar diante de um fato... Vc tem muito talento amiga, seus texto me lembram a forma como Fernado Pessoa escrevia, nao sei talvez seja o fato de vc misturar palavras que possuem siginificados opostos ou diferentes e transformar em algo que realmete nos comove e nos facina. O jeito que vc coloca as palavras me transmite exatamente o que vc é por dentro, sem tirar e nem por nada, é um estilo reservado e poetico; inovador que de uma certa forma no remete a um momento de reflexao... Continue assim amiga!
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Parabéns Pamela.. esta lindoo.. vooc podia ser escritora não acha?! haushau Amei.. muito talentosa Vooc!

    ResponderExcluir

Compartilhei aqui mais uma vez minha emoção... Seria interessante saber sua reação. Se possivel Comente!