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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Silêncio da Noite


Últimamente o silêncio da obscuridade da noite me assusta, não é um silêncio comum, gritantemente ensurdecedor; alma sobrecarregada.

Por um não sentido, estou debruçada na janela desse quarto que resumidamente se transformou em meu mundo; a paisagem que avisto compõem-se do movimento do vento retirando as folhas secas dos caules desse último dia de outono. Intensa e sensível maneira de trazer uma nova estação.

A lua lá no céu possui um brilho polido pelo sentimento dos seus enamorados; brilha tão forte que as estrelas quase não reluzem... ganham transparência, somem em uma ignorância. O manto que cobre os céus durante o anoitecer, está tão nevuoso que me prende em ar de mistério.

As paredes do meu quarto choram por uma vida que o o coração roubou sentido. Peito ferido, vazio... sensação de mundo que não gira. Necessito de chuva para nela me expor... Sinto que ela pode ameniza a dor e lavar minha alma.

O que se passa na mente surpreende, busco um sorriso ou algo que me devolva a vida, me faça melhor. Vento que me visita, me toca, me acalma. Sou folha seca retira-me desse quarto que não gira, não vive e nem respira e me trace um novo destino.

Queria ser capaz de algum dia esconder todas as feridas que me abatem. Por onde andei havia espinhos, mais por cima desses impiedosos espinhos haviam lindas rosas... perfumadas rosas que amenizam a revolta. São um pontinho de luz onde a desilusão se transforma em inspiração.
Poderosa superação...

Um comentário:

  1. Sentir tudo isso é angustiante, é quando a visão do mundo passando te sufoca porque parece que vc não sai do lugar, é quando se deseja que a vida vire do avesso e te arremate pra algo que o faça se sentir vivo novamente. O desejo de uma razão.

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